This is not my fault

Olha, é sério, a culpa não é minha. Até preferiria não te amar tanto assim. Um pouco menos, apenas.
Até preferiria que meu coração não disparasse apenas por você ter olhado para mim. Que eu não corasse apenas por você ter sorrido. Que meus olhos pudessem ver outra coisa além de você, mesmo que por um segundo. E que eu não me apaixonasse cada vez mais por você ter me tocado, apenas por acidente.
Mas acho, sinceramente, que se não fosse assim, não seria de forma alguma: e eu não seria eu, afinal a cada dia vejo menos de mim e mais de você em minha vida. Nem lembro de mim antes de você aparecer e bagunçar a minha vidinha perfeita. De eu ter aprendido a te amar. Tenho certeza de que se eu me visse naquele tempo, não me reconheceria. Passaria reto por mim mesma na rua. Seria como outra pessoa. Outra pessoa qualquer. Desconhecida. Simplesmente alguém.
Será que um dia você se sentiria como eu? Na verdade, duvido que você vá amar alguém tanto assim.
Amar. É estranho me ouvir falar de amor. Justo eu, que sempre achei ridículo todas aquelas garotas apaixonadas, adorando o chão por onde um menino qualquer passa?
Tento TE entender. Tento ME entender. Tento fazer o impossível se tornar real, palpável. Óbvio. Tentando entender a razão de tudo ser como é. Bom, essa resposta eu sei: não existe razão. É e ponto final. Então, porque parece que essa simples reposta não satisfaz minha pergunta??
É como me sinto. Difícil de conseguir alcançar a verdade. Fácil de cair na simples tentação de tentar.
E, sabe, se eu te amo a culpa é sua.